Serviço de Utilidade Pública - Lei Municipal nº 5096/2011 de 24 de Novembro de 2011
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(*)por Gilson Souto Maior

Natural de Campina Grande, nascido como ele gosta de afirmar, na Rua Afonso Campos, por trás da Catedral, no centro da cidade, Walmir Chaves viveu o dia a dia da Rádio Borborema e os primeiros momentos da TV Borborema, tendo sido um dos seus mais representativos valores.

Walmir viveu os bons momentos do radioteatro da Borborema, lembrando com muita saudade, nomes como Fernando Silveira e Deodato Borges, grandes produtores, que projetaram o rádio de Campina Grande nacionalmente. No seriado ‘Aventuras do Flama’, ele viveu o engraçado e atrapalhado ‘Bolão’, ao lado de Deodato Borges (o Flama), Benjamin Blay (o jovem Zito), Dora Guimarães, Silvinha de Alencar (a mulher do Flama), Ari Rodrigues (quem primeiro representou o bandido Cicatriz – interpretado posteriormente por mim, Gilson Souto Maior, já na época da Rádio Caturité), Enildo e Edileuza Siqueira, entre outros. Ele foi do tempo da novela ‘O Anjo Negro’, do querido e saudoso Fernando Silveira, que foi apresentada até na Tupi do Rio de Janeiro.

Graduado em Sociologia pela UFPB, esse apaixonado pelo teatro e rádio, ganhou uma bolsa de estudos e resolveu fixar residência na Europa. Trabalhou como ator e diretor de teatro, na França, Suíça e Espanha. A partir de 1968 estudou numa escola vanguardista, em Paris, trabalhando o método de Grotowski, que incluía a expressão corporal no teatro. Obteve o primeiro lugar no final do curso, que teve duração de dois anos. Mas, seu amor pelo teatro o levou a cursar ‘Arte Dramática’, na Universidade de Teatro de Paris, somando-se a isso, a sua participação em vários cursos de formação e pesquisa na área teatral, na cidade de Nancy, na França. Esse campinense, esse brasileiro, esse nordestino arretado, foi capaz de montar um grupo teatral, em Paris, com pessoas de várias nacionalidades, durante vários anos, chegando a representar a França na Bienal de Paris, em 1971 e na Bienal de Teatro de Veneza, na Itália. Fez cinema em Paris e trabalhou em rádio e televisão. Um paraibano, que é um motivo de orgulho para nós, campinenses e paraibanos. 


No ano de 1973, Walmir Chaves, já como professor de teatro da Escola Nacional de Teatro de Barcelona, trabalhou num monólogo, que foi o maior sucesso profissional desse teatrólogo paraibano, com cobertura elogiosa de toda mídia espanhola, e grande destaque em diversos periódicos e revistas de teatro de toda a Europa, especialmente da Espanha. Montou a sua própria companhia e trabalhou durante muitos anos em palcos europeus. 

Hoje aposentado, tem residência fixa em Barcelona. É pai dois filhos, Adriano Bruno e Raquel, fruto de um casamento com a famosa atriz de cinema e teatro, Mercè Molina, que foi sua aluna, e, com quem foi casado durante muitos anos.

Diz o jornal espanhol no recorte, no subtítulo: EL ACTOR BRASILEÑO HA OFERECIDO EL MAS INTERESSANTE EXPERIMENTO ESCENICO DEL AÑO - O ATOR BRASILEIRO ESTÁ OFERECENDO ( ou apresentando) A MAIS INTERESSANTE EXPERIÊNCIA CÊNICA DO ANO (ou o mais interessante espetáculo do ano).

Walmir Chaves, que passou pelo rádio e teatro da Paraíba, hoje bem mais espanhol do que brasileiro, não esquece as suas origens, sendo um dos amigos com quem conversamos, diariamente, pelo FACE, sempre colocando em dia a história do rádio, do teatro e televisão. A ele, devemos muitas das informações contidas em nossos trabalhos de pesquisa, esperando, é claro, poder continuar contando com esse grande colaborador, um dos mais importantes representantes da cultura paraibana, radicado em terras espanholas. 

Walmir Chaves, radicado desde 1968 na Europa, hoje um cidadão espanhol, é um paraibano, sim senhor!

Walmir Chaves

6 comentários

  1. Edmilson Rodrigues do Ó on 2 de março de 2017 às 16:12

    Já mantive muitos contáctos com o Walmir Chaves. É um grande campinense, um excelente amigo e um extraordinário valor cultural.

     
  2. walmir chaves on 2 de março de 2017 às 17:51

    Muito obrigado, amigo Edmilson Rodrigues do Ó. Um abraço.

     
  3. Rômulo Azevêdo on 3 de março de 2017 às 11:49

    Walmir também atuou na primeira(e única)telenovela produzida pela TV Borborema. A novela era apresentada em capítulos semanais(nas noites de domingo)ao vivo.
    Isto em 1964.
    Ele podia contar essa história aqui no blog.
    É uma grande figura do rádio, teatro e televisão.

     
  4. Anônimo on 7 de abril de 2017 às 16:35

    Walmir também atuou na primeira(e única)telenovela produzida pela TV Borborema. A novela era apresentada em capítulos semanais(nas noites de domingo)ao vivo.
    Isto em 1964.

    SIM OS ALOGENOS ZONA ALOGENA ACABARAM COM O AUDIOVISUAL LOCAL AO DESTRUIR O MERCADO LOCAL E IMPOR O LIXO DELES E GRINGOS GERANDO UM MONTE DE MIGRANTE QUE ACHAVA QUE O LIXO DE LA ERA WOW HOJE EM DIA O UNICO LIXO QUE TEM NAS TVS LOCAIS SÃO PROGRAMAS POLICIAIS

     
  5. egxeykphsarop on 4 de maio de 2018 às 18:10

     #nacionalacaopatriotica
    -
    compartilhe e divulgue essa
              mensagem da nacionalaçāopatriótica
    nos dizem sobre globalizaçāo mas na esfera de municipios que outrora em outros tempos foram catalisadores do desenvolvimento hoje sendo espectadores ja que no mundo atual desse agronegócio cosmopolita a pequena cidade pós-exôdo rural sofre com a globalizaçāo ,o que eu venho nāo com um mero texto mostrar o que todos sabem mais indicar um caminho muito superior a agricultura familiar ou essa infâme  vulgarizada concepçāo de reforma agrária dois conceitos corrompidos ,caminho que lhes digo tampoco é o cooperativismo e sim a luta em nāo necessitar de investimento estrangeiro ou sobreviver da ajuda da Uniāo,o que defendo que as escolas sejam fábricas de gênios e que produzam arte e ciencia com lucro,que todo municipe possa trabalhar em uma fábrica ou empresa em seu tempo livre e tenha parte em seu lucro ,nāo queremos apenas microcrédito ,queremos gerar nosso proprio crédito, e por fim á licitações com empresas de outras cidades ou seja lucro ou receita deve permanecer localmente,o ESTADO É SAGRADO mais do que a exequibilidade ,nenhum governo deve viver com déficit e somente nascera um bom governo com um Orçamento feito por idealistas que semeiam uma cidade plena de trabalhadores e intelectuais 






     
  6. Unknown on 26 de janeiro de 2021 às 08:41

    Walmir é um primo distante,não sabe de minha existência,nem eu o conhecia até ler seu artigo aqui, em retalhos históricos de Campina, onde ele fala de meu avô materno, Manoel Chaves.E muita informação trouxe ao meu conhecimento, obrigada Walmir!

     


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