Serviço de Utilidade Pública - Lei Municipal nº 5096/2011 de 24 de Novembro de 2011
Criado por Adriano Araújo e Emmanuel Sousa
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Na temporada de 1969, o velho Galo da Borborema havia montado uma de suas melhores equipes. Nomes como o de Zé Luiz, Janca, Zé Pequeno entre outros, faziam parte da equipe comandada pelo técnico Edésio Leitão. Assim, tudo levaria a crer que o dia 13 de julho entraria para a história do Treze como um dia de alegria, já que uma simples vitória contra o Botafogo de João Pessoa faria o Treze o campeão estadual daquele ano.

Infelizmente, o pior aconteceu!

Ao se dirigir à capital do Estado, o ônibus da empresa “Seridó”, com toda a equipe do Treze a bordo, capotou três vezes na temida “Curva da Caridade”, na BR 230, após uma tentativa de se desviar de outro ônibus.

Quinze pessoas ficaram feridas, com o treinador da equipe trezeana, Edésio Leitão, sendo o caso que mais precisou de cuidados.



O ex vice-prefeito de Campina Grande, Zé Luís, fraturou a clavícula, Zé Preto, deslocou o ombro, Mané  sofreu traumatismo torácico, ou seja, toda a equipe do Treze foi prejudicada de alguma forma no ocorrido, que felizmente, não produziu vítimas fatais. 

Com certeza, a decisão mais sensata seria paralisar o campeonato até a recuperação total dos jogadores do Galo. Até o presidente do Botafogo de João Pessoa, o senhor Herder Henrique, concordava com tal decisão: "Não nos interessa sermos campeões com o infortúnio do adversário!”.


Mas, inacreditavelmente, a Federação Paraibana de Futebol, não aceitou tal proposta e marcou o primeiro jogo da decisão para o domingo seguinte, dia 20 de julho de 1969, quando boa parte da equipe do Treze ainda estava em recuperação. O Botafogo não tomou conhecimento da frágil e abalada equipe do Galo, que não tinha quase nenhum jogador do quadro titular, resultado da partida: 2x0 em favor da 'Maravilha do Contorno'.

Diz o hino oficial do Galo, letra de Murilo Buarque: “O Treze, no campo, luta em prol, do seu alvinegro pavilhão...”, e foi assim que a equipe trezeana, ainda desfalcada, conseguiu vencer o segundo jogo por 1 a 0, jogando em Campina Grande.

No dia 27 de julho de 1969, fazendo a chamada “negra”, o Treze não resistiu e novamente perdeu para o Botafogo em João Pessoa  por 2 a 0. Lembremo-nos; apenas 14 dias após o terrível acidente!

A insensatez da FPF deixou para a História um quê de que, diante das circunstâncias,  esse campeonato fora tomado de Campina Grande.

No ano seguinte, tanto Treze, quanto Campinense, resolveram não disputar o Campeonato Estadual, resolvendo disputar o chamado “Torneio Mistão”, que terminou com o Campinense sagrando-se vencedor.

Coincidência ou não, quando Treze e Campinense resolveram voltar a disputar o Estadual, o Campinense emplacou 4 campeonatos seguidos (1971, 1972, 1973 e 1974), com o Treze vencendo em 1975*, em título repartido com o Botafogo.
Resumo da ópera: Treze e Campinense não sabem a força que tem. Unidos, são imbatíveis.

Outra formação do TrezeFC seria vítima de outro sinistro em 26 de Março de 1973, em acidente semelhante, quando a equipe voltava de uma partida disputada em Salgueiro-PE.


Fontes Utilizadas: 
-Roberto Vieira do blog http://oblogdoroberto.zip.net/index.html
http://trezegalo.xpg.uol.com.br
-Acervo Pessoal

1 Comment

  1. Markov on 2 de fevereiro de 2018 às 15:34

    Na minha cabeça, o rival do Treze é o Botafogo e acho que o do Campinense também. A rivalidade para mim é CG X JP, essa é a que interessa. Claro que eu como trezeano acho muito bom ganhar do Campinense, mas vencer o Botafogo ou até mesmo o Auto Esporte é melhor ainda. A Paraíba é o único estado do Brasil, onde uma cidade do interior tem futebol tão forte ou até maior que o da capital, por isso mesmo digo "Viva o futebol de Campina Grande"!

     


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