Serviço de Utilidade Pública - Lei Municipal nº 5096/2011 de 24 de Novembro de 2011
Criado por Adriano Araújo e Emmanuel Sousa
retalhoscg@hotmail.com

QUAL ASSUNTO VOCÊ ESTÁ PROCURANDO?

por Eduardo de Castro(*)

Campina Grande sempre esteve à frente do seu tempo. No entanto, este artigo falará do que ainda
temos de passado. Tradição.

É sabido que sou um interessado em genealogia, história local, heráldica, tradição e outros assuntos voltados à cavalaria, portanto ando sempre interessado em sinais da existência remota de cavaleiros, nobres, reis, etc.

Embora não pareça nos dias de hoje. O Brasil já foi habitado por Imperadores, Condes, Barões, Viscondes, Cavaleiros, Fidalgos e toda sorte de nobreza. Com a Paraíba não foi diferente, conforme já apresentei em estudos sobre o Capitão-Mor Teodósio de Oliveira Lêdo e outros oficiais de ordenanças e do Exército Português que detinham direitos de cavaleiros aqui na terra brasilis. 

Grata foi minha surpresa, ao andar pelas ruas do Centro de Campina Grande, e perceber que esta cidade ainda guarda sinais de que um dia houve uma nobreza e fidalguia habitando aqui. Mesmo com a demolição da arquitetura antiga da cidade pelo prefeito Verniaud Wanderley para dar lugar ao art-deco, permaneceram estruturas do século XIX ainda de pé. São casas e edifícios no estilo rococó e neo-clássico. Principalmente nestas casas mais antigas, umas imponentes outras nem tanto, se percebe a presença do que em Portugal se chama de “pedras d’armas”. Estas “pedras” são na verdade locais próprios e adornados em alto relevo que ficam nas fachadas e no alto das casas para abrigarem brasões das famílias de boa estirpe.

Em Portugal é de costume que as pedras d’armas tenham o brasão entalhado, porém, no Brasil é fácil de encontrar estes brasões pintados em escudos pedra, também é normal ver-se o mesmo realizado em janelas ovais ou circulares de madeira. Encontrei nove pedras d’armas em uma caminhada pelo centro da cidade, o que comprova que em Campina Grande viveram fidalgos armigerados. Isto abre um precedente para pensarmos que podem existir brasões registrados de famílias que permanecem no desconhecimento. Fica a dica para os historiadores e interessados.

Na andança, encontrei pedra d’armas no maravilhoso Pavilhão Epitácio Pessoa no Beco 31, infelizmente hoje está parcialmente encoberto por outra edificação na dianteira. Também em casas menores nas ruas Treze de Maio e na Irineu Jófilly, pena que nenhuma na Vila Nova da Rainha. Seguem fotos do Street View.













(*) Eduardo de Castro é Engenheiro Mecânico em tempo integral, 
Cinéfilo, Historiados e Heraldista amador.
Texto publicado em seu blog pessoal: http://eduardodecastro.weebly.com/

0 comentários



Postar um comentário

 
BlogBlogs.Com.Br