Serviço de Utilidade Pública - Lei Municipal nº 5096/2011 de 24 de Novembro de 2011
Criado por Adriano Araújo e Emmanuel Sousa
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Historiador da Sociedade Paraibana de Arqueologia

João Rique
Embora pouco conhecido, João Rique Ferreira foi o homem que mais projetou Campina Grande no cenário nacional. Natural de Sapé, de origem humilde e com apenas o curso primário, João Rique chegou à Campina Grande em 1925, onde fundou com amigos uma firmazinha de compra e revenda de algodão, a Araújo Rique & Cia, e depois, com o crescimento do negócio, passou a beneficiar o produto, adquiriu prensas e descaroçadeiras modernas e em seguida fundou o Banco Industrial de Campina Grande. Dessa forma, o empresário João Rique construiu uma grande fortuna, tornando-se um dos homens mais importantes da cidade. 

Todavia, João Rique foi quase que totalmente esquecido pela população campinense, talvez seu brilho tenha sido ofuscado pelo de seu filho, Newton Rique, que, além de ter sido prefeito da cidade, também era um empresário de grande aptidão para o marketing. É comum vermos as pessoas confundir a praça e o edifício como que sendo homenagem a ele. Outra prova do esquecimento da figura de João Rique na cidade é o CAT do SESI no Distrito Industrial (foto) que, apesar de levar o seu nome, não há neste local sequer uma foto de seu patrono.


João Rique dirigiu a Associação Comercial de Campina Grande com punhos de aço por duas décadas, sendo o principal responsável pelo engrandecimento desta entidade, foi fundador e primeiro vice-presidente da FIEP, adquiriu o controle acionário do Banco Industrial de Campina Grande e quando morreu era Presidente do Grupo Financeiro Campina Grande S. A., Presidente do Rique Pálace Hotel S. A., da Fazenda Santa Filomena S. A. e Conselheiro da FIEP e pouco antes de falecer foi escolhido o administrador do ano (1971) pela Faculdade de Administração da Universidade Regional do Nordeste – URN. 

Após a sua morte, ocorrida em 28 de setembro de 1971, aos 73 anos, sendo 41 destes dedicado ao ramo empresarial, o Interventor Federal mandou desapropriar o posto de abastecimento de veículos, de nome Ponto Central, que se encontrava naquele espaço entre as ruas Marques do Herval, João Suassuna e João Pessoa, e depois derrubou o prédio velho para iniciar a edificação da praça João Rique, obra de uma ação conjunta entre a Prefeitura Municipal, a Associação Comercial de Campina Grande e a Federação das Indústrias da Paraíba. A construção da praça teve início em março de 1972, sob responsabilidade da Construtora Diacui Ltda e em 05 de maio do mesmo ano a praça já estava sendo inaugurada, tendo no meio um monumento pórtico em mármore branco e a estátua em bronze de João Rique com a frente voltada para a rua Pres. João Pessoa e, no monumento, em letras douradas, a frase: “Nunca ninguém amou tanto uma cidade dignificando tanto o trabalho”.

PRAÇA E MONUMENTO SENDO CONSTRUÍDOS

A estátua de João Rique foi confeccionada em gesso pelo Sr. Cobiniano, no Recife e depois mandada para o Rio de Janeiro para ser moldada em bronze. 

Em julho de 1972 se percebeu que a estátua não correspondia à altura do empresário e, conforme os que o conheceram, tampouco se parecia com ele. Assim ela foi retirada para reforma, sendo aumentada para 1,75m, altura do homenageado, e quando voltou, depois de 60 dias, foi reinstalada na praça, dessa vez voltada para o Edifício João Rique, como se encontra na atualidade. 

Estátua de João Rique voltada para a Rua João Pessoa e agora voltado para o Edifício Rique


Obs: As fotos em preto e branco são do acervo do jornal Diário da Borborema

8 comentários

  1. Anônimo on 6 de novembro de 2014 às 09:38

    O povo interpreta ao seu modo. Na época se dizia que o monumento era um picolé da Kibon( que tinham essa forma). Diziam também que João Rique era tão "amarrado"( sovina) que tinha ido a pé para o seu próprio enterro(uma alusão ao fato de estar virado para a João Pessoa no sentido do cemitério).

     
  2. walmir chaves on 8 de novembro de 2014 às 05:42

    Eu conheci pessoalmente a familha Rique e em 1967 estive falando com Seu João, no Banco Industrial e com Dona Rosa Rique na sua residencia juntinho do antigo Campinense Clube. Fui a convidá-la para paraninfar a minha turma de Socilogia e Politica da FACE. Foi a ultima vez que lhes vi...

     
  3. Unknown on 6 de abril de 2020 às 14:34

    E os filhos deram continuidade à sua obra?

     
  4. Anônimo on 5 de julho de 2020 às 12:20

    A estátua de João Rique é um escárnio ao povo de uma cidade. É uma homenagem apenas a acumulação de riqueza. Nada fez por Campina Grande ou por qualquer pessoa. É prova histórica da submissão de uma gente que cria e mantém oligarquias. Na verdade, estátua para banqueiro (agiota) só em Campina Grande... UMA VERGONHA.

     
  5. JRomero on 2 de novembro de 2021 às 16:36

    Mais um invejoso falido.

     
  6. Unknown on 5 de novembro de 2021 às 15:00

    Fiquei curioso e quis saber quem foi Joao Rique, um empresário que contribuiu para o crescimento da nossa Campina grande, Conhecimento é cultura.

     
  7. BADU on 4 de março de 2022 às 15:40

    O IMPORTANTE NÃO É QUEM FOI JOÃO RIQUE E SIM AS SUAS ATITUDES QUE LEVARAM O NOME DE CAMPINA ALÉM DAS SUAS FRONTEIRAS, JOÃO RIQUE ALEM DE COMERCIANTE E BANQUEIRO FOI UM GRANDE MARKETEIRO, CONTRATOU PELÉ COMO EMBAIXADOR DO BANCO INDUASTRIAL DE CAMPINA GRANDE, JOGADA DE MESTRE.

     
  8. Taciana on 21 de abril de 2022 às 13:43

    Sou bisneta do João Rique e irei à Campina Grande na semana que vem para visitar sua história.

     


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