Serviço de Utilidade Pública - Lei Municipal nº 5096/2011 de 24 de Novembro de 2011
Criado por Adriano Araújo e Emmanuel Sousa
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por Rau Ferreira
 
Desde o seu desbravamento, importantes pesquisadores e cientistas têm procedido a seus estudos na cidade Rainha da Borborema. Campina chama a atenção por ser polo e pela diversidade de espécies encontradas nestes carrascais.
A região que se supõe ter sido berço de animais gigantescos e de árvores imensas na era pleistoica, tem despertado curiosidades desde a época em que Irineu Jóffily descobriu em 1889, no Tanque da Navalha, os ossos de um megatério.
Passaram por aqui Henry Koster. O inglês que veio ao Brasil em busca de sua saúde e observou que Campina, apesar de grande centro bovino, cultivava em 1814 lindas espigas de trigo.
Philip von Luetzelburg que em seu livro “Estudo Botânico do Nordeste” descreve a sua excursão realizada entre 1919 e 1922, e se refere a Campina:

Ao redor da serra [Borborema] ainda existem alguns restos de mata virgem, que em direção à Cachoeira de Cebolas, cobrem, em formação de Angicos (Caesalpinia echinata) as elevações".

Segundo Capistrano de Abreu, este era o nome vulgar conferido pelos campinenses ao Pau-Brasil.
O baiano historiador da educação Primitivo Moacyr, em sua obra sobre a “Instrução e o Império”, destaca a existência de uma escola noturna, regida pelo Professor Graciliano Fontino Lordão, mantido a custa de uma associação com 55 alunos. A data provável deste educandário é 1853.
Finalmente, o estudioso Henry Koster que viajou o Nordeste brasileiro menciona uma raiz muito empregada na medicina pernambucana, como purgativo brando: Ipecacuanha-branca (ou papaconha, como é vulgarmente conhecida). Citando a planta, escreve o português:

“Nos arredores de Campina Grande (na Paraíba) vi grandes trechos de terra cobertos com essa planta. Com essa espécie de ipecacuanha os nossos farmacêuticos podiam fazer o seu xarope de viola, e nossos médicos poderiam, sem escrúpulo, aplicar as flores e o cálice em lugar das flores da Viola odorata, porque promove expectoração e possui qualidades estimulantes que fortificam os nervos”.

Hoje a história se repete nos bancos universitários, nos laboratórios de pesquisa e nos centros acadêmicos, muito embora transpareça um grande potencial cibernético.


Referência:
- LEITÃO, Cândido de Mello. O Brasil visto pelos ingleses.Vol. 82, 1ª ed. Companhia Editora Nacional: 1937.
- IHGPE, Revista. Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico Pernambucano. Edição XXXVI. Pernambuco: 1890.
- SOUZA, Bernardino José de. O Pau-Brasil na História Nacional. Vol. 162, 1ª ed. Companhia Editora Nacional: 1939.
- MOACYR, Primitivo. A instrução e o Império – subsídios para a história da educação: 1823-1853.
- KOSTER, Henry. Viagens ao Nordeste do Brasil. Trad. Tradutor: Luís da Câmara Cascudo. Vol. 221, 1ª ed. Companhia Editora Nacional: 1942

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