Serviço de Utilidade Pública - Lei Municipal nº 5096/2011 de 24 de Novembro de 2011
Criado por Adriano Araújo e Emmanuel Sousa
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Através de uma composição de estudantes, boêmios e profissionais liberais afins, no ano de 1961, Campina Grande vivenciou um dos fatos mais memoráveis da História da nossa política: O Fenômeno Chico B.

Francisco de Almeida Batista, figura de extrema simpatia, de muitos amigos e freqüentador da boemia local, desenvolvia a profissão de barbeiro (daí derivava-se o “B” do seu apelido) naqueles anos quando foi alçado à condição de pré-candidato a Deputado Estadual representando as minorias ditas cansadas de eleger políticos “inoperantes”.

De acordo com o staff de colaboradores à época, Chico B representava a figura do homem simples, a quem se poderia credenciar como símbolo de honestidade por não possuir os vícios políticos, além de ser uma candidatura emanada do próprio povo.

Se soou como ironia no início, o propósito da idéia tomou conta da cidade!

Vários foram os eventos promovidos para arrecadação de fundos para campanha: passeatas, carreatas, comícios... Em todos havia garrafões gigantes onde eram depositadas as contribuições financeiras utilizadas na pré-campanha.

Diante da proporção com que o intento “tomava corpo” nas ruas e conquistava a simpatia dos comerciantes e dos populares locais, a alta cúpula política agia nos bastidores para que o pretenso candidato não conseguisse filiação partidária que lhe fornecesse legenda permitindo-lhe efetivar-se candidato em 1962.

Às custas de várias tentativas vãs de obter tal filiação, a candidatura de Chico B não procedeu, frustrando assim a possibilidade da gênese de uma candidatura surgida do próprio seio popular.

Vários foram os manifestos pró-Chico B editados nos jornais da época, tanto em apoio à causa, como de crítica a postura dos “caciques” dos partidos políticos por não concederem o direito da postulação. Entre as personalidades locais que expediram suas opiniões nos periódicos estão o jurista Agnello Amorim e o professor Stênio Lopes.

A TV Itararé, grande incentivadora da cultura local, desenvolveu sob a produção da jornalista Fernanda Lacerda no programa Diversidade a matéria que reproduzimos a seguir, a partir do resgate histórico promovido pelo blog Retalhos Históricos de Campina Grande.


A seguir o vídeo histórico da campanha de Chico B na íntegra. O vídeo é do começo dos anos 60 do século passado:

4 comentários

  1. Aristóteles Azevedo on 9 de dezembro de 2009 às 15:50

    Parabéns por essa grande reportagem. Que excelente registro histórico, imagens de uma Campina saudosa. Obrigado!!!

     
  2. Anônimo on 6 de outubro de 2012 às 08:41

    Na verdade, o B de Chico B não tinha nada haver com barbeiro.
    Era o diminutivo de determinada parte da anatomia feminina.

     
  3. Anônimo on 6 de outubro de 2012 às 22:48

    Ou seja a safadeza vem de longe!

     
  4. Anônimo on 9 de outubro de 2012 às 05:30

    kkkk Claro, já vinha com os colonizadôres que não eram cultos nem educados...kkkkk

     


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