Serviço de Utilidade Pública - Lei Municipal nº 5096/2011 de 24 de Novembro de 2011
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Por Rau Ferreira


A imprensa paraibana anunciava, desde 02 de julho de 1958, a inauguração dos refletores do Estádio “Presidente Vargas”, pertencente ao patrimônio do vitorioso Treze F. C. de Campina Grande.

A data escolhida foi o dia nove daquele mês e ano.

Aquele “notável empreendimento” seria condignamente comemorado com uma partida entre o time da casa e o Sport Clube do Recife, segundo as notas esportivas:

“Para essa inauguração que prenuncia um verdadeiro acontecimento nos esportes tabajaras, já foi convidado o Sport, que irá abrilhantar as festividades, tendo o desportista Geraldo Melo, prócer trezeano, quando de recente visita que fez à Capital pernambucana concluído com êxito as ‘demarches’ naquele sentido” (A União: 02/07/1958).

Os dois times apresentavam esquadrão de altas credenciais técnicas. O treze recentemente havia conquistado o quadrangular JK, enquanto que o esporte era o atual bi-campeão do seu Estado.

Enquanto que o jornalista Normando Figueiras, na feliz data  estampava em letras garrafais:

“Brilharão pela primeira vez as luzes no ‘Presidente Vargas’ – Mais uma notável realização do desportista João Lira Braga, dirigente máximo do grande grêmio da Borborema –Melhoramento de real valor – Eleva-se o patrimônio do pujante alvi-negro campinense (...). O prócer  alvi-negro esta positivando uma administração das mais prósperas para o ‘Galo’ da Borborema, que vê sob a sua égide o raio de ação de sua vida esportiva-social, com maior projeção nos círculos futebolísticos”.

O tão esperado jogo entre o Galo e o Leão, também salientava o enfrentamento entre os técnicos húngaro Janos Tratai e o uruguaio Dante Bianchi, e seus respectivos titulares.

O Treze procurava alinhar na concha os zagueiros Nelson e Lucas, o médico Joab e os atacantes Guedes, Ruivo e Maisnovinho. Cedidos por empréstimo, completavam a equipe os craques Pedro Neguinho e Gonzaga, do Botafogo de João Pessoa.

Para o amistoso interestadual noturno eram anunciados, pelo Treze: Cícero (ou Jairton), Nelson e Lucas, Joab, Gonzaga, Pedro Neguinho, Ruivo e Maisnovinho. Pelo Sport Club eram esperados: Manga, Bria e Osmar; Zé Maria, Ney e Índio; Traçaía, Pacoti, Moral Seca e Eliezer.

Campina praticamente parou para ver a partida de futebol e o acender das luzes do Presidente Vargas.

Inauguração dos refletores do Estádio Presidente Vargas, em 1958. 
De pé, da esquerda para a direita: Nelson, pelado, Lucas, Joab, Gonzaga, Milton e Janos Tatray (técnico); 
Agachados: Guedes, Bola Sete, Bé, Ruivo e Josias.


Às 20 horas uma multidão de aficionados compareceu ao estádio. O Prefeito Elpídio de Almeida acionou as chaves que fizeram brilhar pela primeira vez os refletores do campo, sob vibrante salva de palmas. Em seguida, teve lugar o tão esperado certame entre Treze e Sport.


As comemorações prosseguiram por todo final de semana.

No sábado enfrentando-se nas preliminares os aspirantes do Treze e o Flamengo de Campina; e na principal, as equipes do Campinense Clube e ABC de Natal. E pelo domingo, as preliminares ficaram por conta dos aspirantes de Treze e Campinense, enquanto a partida principal foi disputada por Treze e ABC de Natal.

Em um segundo momento, traremos ao nosso público leitor a crônica desses jogos e seus resultados. Aguardem!


 Referências:
- A UNIÃO, Jornal. Edições de 02, 09 e 10 de Julho. João Pessoa/PB: 1958.
- Arquivo fotográfico de Mário Vinicius Carneiro Medeiros
- Revista dos 50 anos do Treze: 1975

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