Serviço de Utilidade Pública - Lei Municipal nº 5096/2011 de 24 de Novembro de 2011
Criado por Adriano Araújo e Emmanuel Sousa
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Casarão de C. Lauritzen, 1989
Aos que acompanham as postagens sobre a Rua Maciel Pinheiro, ou Praça Epitácio Pessoa, conhece o aspecto arquitetônico do antigo Casarão de Christiano Lauritzen.

Até hoje sua beleza exterior está 'preservada', mantendo viva esta herança Histórica dos tempos que Campina Grande recebeu a 'ponta dos trilhos' da Great Western, através da luta empreendida pelo Dinamarquês que aportou nas sertanias paraibanas por volta de 1870, se instalando em nossa cidade cerca de dez anos mais tarde, comercializando jóias e relógios já na Rua Grande (hoje Rua Maciel Pinheiro).

No ano de 1984, porém, este patrimônio esteve bem perto de ser derrubado! Por conta da ação de autoridades municipais ligadas à cultura, o intento não obteve sucesso.

Acompanhem o recorte abaixo, do jornal "Gazeta do Sertão", do dia 17 de outubro de 1984, editado por Edvaldo do Ó.


Desde 1993 o casarão é ocupado por uma empresa alimentícia, que utiliza suas depências como restaurante, mantendo-o conservado e em funcionamento constante.

Fonte:
A Gazeta do Sertão, 1984

15 comentários

  1. Soahd Arruda on 23 de agosto de 2012 às 14:02

    Lendo no trecho da coluna central...."Segundo o adv....., o proprietário tem todo o direito de derrubar o prédio, uma vez que compraram e pagaram, nao tendo, portanto, satisfação a dar a ninguem"....realmente, em nome do moderno, a historia fisica é apagada muito facil pelo dinheiro....

     
  2. Diogo de Mendonça Pontes on 23 de agosto de 2012 às 14:02

    pena que essa prática ainda é comum na cidade, se formos cataloga os prédios que já se foram só nos últimos 20 anos a lista será imensa!

     
  3. Maria Conceição Araújo on 23 de agosto de 2012 às 14:03

    Que pena...

     
  4. Mario Vinicius Carneiro Medeiros on 23 de agosto de 2012 às 14:04

    Eu estava neste dia no local... Veio uma ordem judicial para suspender a demolição e, à tarde, o serviço foi interrompido. A TV Borborema, quando do jornal da noite, noticiou o fato destacando a seguinte manchete "Aos pedaçõs a história de Campina Grande"...

    Aí, ao final do jornal, a notícia: "E atenção ! Mesmo com a ordem judicial, os trabalhos recomeçaram... " Em poucos minutos, apareceram dezenas de pessoas no local. Já havia um caminhão com um cabo de aço amarrado a um dos vãos e provocar a queda do prédio.

    Foi nesta hora que uma senhora, cujo nome não guarde guardei, corajosamente foi na direção do cabo e soltou o pino que formava o laço... O cabo de aço saiu levando tudo mas não conseguiu derrubar o prédio...

    No mesmo instante em que tudo isso acontecia, apareceram agentes da Polícia Federal e a ordem foi restabelecida. Houve, então, aplausos e a obra foi definitivamente suspensa. Na oportunidade, disseram que os causadores do dano seriam obrigados a restaurá-la conforme o original. Passados quase trinta anos, nada foi feito. Por que não começar uma campanha para isto ocorra ?

     
  5. Edmilson Rodrigues do Ó on 23 de agosto de 2012 às 20:16

    Nem sempre podemos demolir ou modificar o patrimônio histórico, mesmo em se tratando do proprietário. Se assim fosse, como disse o nobre comentarista, Ouro Preto, Juiz de Fora, Tiradentes, Salvador, a velha Recife, São Luis, Alcantara, etc, etc, desde ha muito já haviam perdido as suas respectivas características históricas, e, nem por isso ficam a margem da modernidade. Infelizmente, aqui em Campina Grande, muitos pensam dessa maneira, e, por isso, cêrca de 90% do nosso patrimônio histórico e cultural já foi destruido. É profundamente lamentável que isso aconteça e que ainda mereça o apôio de algumas pessoas.
    Lamentavelmente o casarão de Cristiano Lauritzen embora não tenha sido demolido, contudo perdeu a sua originalidade. Somos habitantes de uma cidade sem preservação do patrimônio histórico!

     
  6. Anônimo on 23 de agosto de 2012 às 20:57

    Ta na hora de uma reforma.

     
  7. Anônimo on 23 de agosto de 2012 às 21:20

    Honestamente,se os recursos me permitessem(talvez uma MEGA SENA),compraria o prédio da antiga livraria pedrosa para derruba-lo.Restaurava toda a casa de Cristiano Lauritzem e o Pavilhão Epitácio criando uma cafeteria com a pracinha na frente,como no modelo antigo,para o deleite dos campinenses e turistas que visitassem o local.Bem menos que a idéia,sonhar não custa nada.

     
  8. rômulo azevêdo on 23 de agosto de 2012 às 22:17

    Eu lembro perfeitamente desse episódio.
    Eu era repórter da Tv Borborema na época e fiz uma série de matérias abordando o problema da derrubada do prédio.Uma das reportagens mostrava a concordância dos proprietários que prometeram não derrubar o imóvel.
    A matéria foi exibida no "NE-TV" 2 edição(era assim que se chamava o telejornal local da Globo)e parecia que tudo estava certo, o prédio não seria derrubado.
    Quando saí da emissora, depois da exibição do jornal, acompanhado pelo cinegrafista Carlos Alberto "Chapéu", ouvimos vozes de homens que falavam alto e o barulho de marretas em ação.Quando chegamos no local, vimos cerca de 20 homens munidos com marretas derrubando o prédio com rapidez.
    Voltamos imediatamente para a emissora(fica bem próxima, no edificio Rique)e fiz uma "edição extra" do "NE-TV" no intervalo da novela(acho que a novela das 8 era "Champanhe".)e a repercussão foi imediata(é bom lembrar que naquela época só existia na cidade a Tv Borborema, que tinha 100% de audiência por ser a única)a população correu até o local e evitou que o prédio fosse demolido.Um belo gesto civico(muito raro)do nosso povo.
    No dia seguinte fiz a reportagem contando os acontecimentos da noite anterior e para fazer um trocadilho com o título do livro de Cristino Pimentel, "Pedaços da história de Campina Grande", anunciei a matéria asim: "Aos pedaços a história de Campina Grande".
    Infelizmente tudo aquilo foi em vão porque o prédio foi totalmente descaracterizado, perdendo sua importãncia histórica.
    Só sobrou a fachada toda deformada.

     
  9. Anônimo on 24 de agosto de 2012 às 08:14

    So nao concordo com o conservado no texto. Professor Romulo fez parte da historia.

     
  10. rômulo azevêdo on 24 de agosto de 2012 às 12:41

    Lembrei agora: a novela das 8, que estava no ar em 16 de outubro de 1984, era "Partido Alto" de Aguinaldo Silva.Ela veio logo depois de "Champanhe" de Cassiano Gabus Mendes.

     
  11. Rodolfo on 24 de agosto de 2012 às 12:49

    Uma pena que a TV Borborema não guardou este material em arquivo. Era a história pura de Campina Grande!!!

     
  12. Emmanuel/BlogRHCG on 24 de agosto de 2012 às 14:08

    Era justamente o que eu perguntaria ao Prof. Rômulo... Existe arquivo pessoal seu, ou de Carlos Chapéu, desse evento?!

     
  13. Anônimo on 24 de agosto de 2012 às 15:02

    É lamentável!

     
  14. H. Racine on 24 de agosto de 2012 às 15:59

    Acredito que o velho sobrado " Cristhiano Lauritzen" poderia ser restaurado, não no aspecto de quando foi demolido, com os detalhes rebuscados do ecletismo mas poderia ser revivido o aspecto original que possuia, anterior àquele período e que exibia uma fachada simples com "platibanda" e todo revestido de azulejos, azulejaria que poderia ser imitada no seu desenho original através de algum exemplar possivelmente existente. Podemos observar esse feitio do edifício
    em uma das fotos exibidas nesse blog que foi colorizada posteriormente.

     
  15. rômulo azevêdo on 24 de agosto de 2012 às 22:01

    Prezado Emanuel, infelizmente não existe nenhum registro audiovisual desse episódio, porque a tv não arquivava as matérias jornalisticas.

     


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