Serviço de Utilidade Pública - Lei Municipal nº 5096/2011 de 24 de Novembro de 2011
Criado por Adriano Araújo e Emmanuel Sousa
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QUAL ASSUNTO VOCÊ ESTÁ PROCURANDO?

COLÉGIO ESTADUAL DE CAMPINA GRANDE  como fora originalmente denominado, o “Gigantão da Prata”, foi erguido no topo da colina divisória que separa os bairros da Prata e Bela Vista num local privilegiado de onde poderia exibir a sua insuperável magnitude, e assim permaneceu por mais de meio século ostentando as suas linhas arquitetônicas ao alcance dos mais requintados pesquisadores da nossa história.

Todavia, como na terra nada é eterno, tiveram a infeliz idéia de projetar e construir um monstruoso ginásio, um pavilhão de concreto e alumínio ocupando quase toda área leste do nosso majestoso “Gigantão” eclipsando praticamente toda a sua belíssima fachada principal. Não quero polemizar ou avaliar precipitadamente o valor e/ou a necessidade ou não daquela construção. O que quero colocar em discussão foi ter sido erguida num local indiscutìvelmente inadequado e consequentemente ter ocasionado a camuflagem do nosso querido e histórico “gigantão”. Doravante, quem trafegar pela Rua Duque de Caxias jamais verá aquela paisagem que durante décadas foi um dos cartões postais que contribuiu para enaltecer a beleza histórica e arquitetônica de Campina Grande. Tenho certeza de que, a grande maioria do povo campinense, sobretudo aqueles que, como eu, tiveram o orgulho e o privilégio de ter participado da aula inaugural daquele saudoso e respeitável educandário, assim como outros milhares e milhares que nos sucederam, nos sentimos frustrados pelo fato de terem colocado uma monstruosa cortina de concreto eclipsando o nosso imortal Colégio Estadual de Campina Grande.

FOTO 01
FOTO 02
FOTO 03
FOTO 04
A foto n° 01 foi feita em 1952 na fase conclusiva considerada de pré-inauguração, cujo autor, presumivelmente, tenha sido o grande fotógrafo Sóter Farias de Carvalho, a qual hoje pertence ao acervo do foto Edson Vasconcelos, mostra o colégio na sua integral originalidade. Com essa mesma estrutura, após ter recebido os acabamentos finais, foi inaugurado em 31 de janeiro de 1953 e entregue a equipe administrativa no início do ano letivo em cuja aula inaugural tive a honra de me fazer presente como componente do corpo dicente.

A foto nº  02, de minha autoria, foi feita e 1968 quando, posicionado na calçada oposta onde hoje se ergue a Clínica Santa Clara. Naquela época, há 44 anos atraz, já havia sido construído um grande ginásio sobre a quadra frontal do flanco esquerdo.

As fotos 03 e 04, feitas por mim atualmente, posicionado no mesmo local de onde fiz a foto em 1968 e, infelizmente, além da mureta que o circunda, nada mais se vislumbra da suntuosa imagem construída em meados do século passado. Portanto, repito; pode até tratar-se de uma edificação importante e sobretudo necessária, porém, indiscutivelmente, construída no local errado.

Gostaria, portanto, que esse assunto fosse comentado. Tenho a mais absoluta convicção e humildade de acolher quaisquer comentários quer sejam de apoio ou de repúdio.

 
Por Edmilson Rodrigues do Ó (25 de abrl de 2012)

6 comentários

  1. Anônimo on 28 de abril de 2012 às 16:58

    Concordo com o senhor Edmilson.

     
  2. Anônimo on 29 de abril de 2012 às 00:17

    Parabenizo o Sr. Edmilson pelos extraordinários apontamentos sobre uma parte importante da História de Campina Grande e da Paraíba. Jamis tive a oportunidade de estudar no "Gigantão da Prata", entretanto, não posso deixar de expressar minha admiração por sua grandiosidade. Contemplá-lo ainda hoje é uma alegria, imagino como seria nos anos 50, então??? Esse escola continua imponente, embora seus atuais alunos parecem não perceberem as reais dimensões da sua grandeza.
    Mês passado fiquei duas horas, sentado em frente ao edifício San Rafael, observando os traços arquitetônicos do "Gigantão da Prata". Uma beleza, diga-se de passagem.

     
  3. Anônimo on 30 de abril de 2012 às 00:41

    Estudei 3 anos no gigantão, foram tantos momentos marcantes q passou tão rápido. Um dia uma professora de português disse pra turma, a melhor fase da vida é essa que vcs estão vivendo, eu tinha 17 anos e fiquei meditando sobre o que ela falou, hoje tenho 43 anos, meu Deus o tempo passou muito,muito rápido, enfim foram tantas coisas que vivi no horãrio da noite, paqueras,ilusões da idade, colas e professores que me pegaram colando,raiva de professor chato,gaziada de aulas pra ficar no bate papo com os colegas no ginásio enfim foram bons tempos, ótimos tempos que saudades!!!

     
  4. Leda Maria on 1 de maio de 2012 às 18:52

    Concordo com seu posicionamento. A fachada ficou escondida o que não poderia ter acontecido. Não sei de quem foi a falta de atenção para tal detalhe. Desculpem, acontece que hoje em dia obras públicas são feitas ao deus dará. Ninguém se preocupa em prestar qualquer atenção nem mesmo se a obra vai ruir antes de acabar. Já foi o tempo! Ninguém percebeu pelo desenho da planta é D'++++!

     
  5. Anônimo on 2 de maio de 2012 às 09:59

    Foi a mesma coisa do Integração. Acabou com a visão do museu!!!

     
  6. PAULO MONTINI on 27 de dezembro de 2019 às 22:51

    Esse foi o melhor colégio em que estudei em Campina Grande, estudei de 78 a 80 neste colégio e a disciplina era muito rígida com a inspetora Divanice sempre fiscalizando as meias e os calçados, foram tempos maravilhosos, as peladas na quadra e no campo as fugidas pra tomar uma no boião que era tipo uma mercearia na época, as peças no auditório, os shows com Capilé quando ainda era um jovem cantor. Tenho muita saudade desse maravilhoso colégio, logo eu morava por trás do colégio e na minha rua havia um portão no muro do estadual, era só atravessar e estava no pátio, grande abraço aos professores, amigos, namoradas e funcionários do Gigantão.

     


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