Serviço de Utilidade Pública - Lei Municipal nº 5096/2011 de 24 de Novembro de 2011
Criado por Adriano Araújo e Emmanuel Sousa
retalhoscg@hotmail.com

QUAL ASSUNTO VOCÊ ESTÁ PROCURANDO?

Museu do Algodão, Antiga Estação da Great Western

Mês de dezembro; aproxima-se o final do ano e as cortinas da cronologia mais uma vez começam a se fechar, prenunciando que os 365 dias que se passaram, em seu conjunto o ano de 2011, farão parte do acervo da nossa memória à partir da alvorada do primeiro dia do novo ano que se advém.

O ano que se finda tem bons motivos para permanecer na memória dos que fazem do Blog Retalhos Históricos de Campina Grande. Ratificamos nosso papel não só de resgatar fatos históricos como, também, de promover discussões e, acima de tudo, figurar como fonte de pesquisas e referências jornalísticas.

Além do mais, o prestígio atingido por este espaço virtual foi alvo de diversas menções por parte da imprensa, que nos sobejaram deferências elogiosas nas mídias escritas, faladas e televisadas!

O ápice do reconhecimento ao trabalho social desenvolvido pelos editores e colaboradores deste Blog veio com as Moções de Congratulações e Aplausos pelo transcurso do segundo aniversário, em Agosto, projetos apresentados na Câmara Municipal de Campina Grande pelo vereador Fernando Carvalho e na Assembleia Legislativa do Estado pela deputada Daniella Ribeiro.

Aliás, o legislativo mirim, através de propositura do vereador Olímpio Oliveira, aprovou o reconhecimento do Blog RHCG como “Serviço de Utilidade Pública” o qual aguardamos sanção e publicação por parte do Poder Executivo.

Queremos estender os louros colhidos neste ano a todos os que acessam este Blog, especialmente àqueles que participam e enriquecem nossas postagens com comentários, valiosíssimos para complementação dos assuntos discutidos.

Sobre o resultado positivo do ‘Balanço’ de 2011, só nos resta agradecer pelos constantes acessos de leitores de todo o Mundo e desejar que o ano de 2012 seja iluminado pelas luzes que adornam nosso Natal e, acima de tudo, que Deus possa agir na vida de todos e proporcionar que Campina Grande seja sempre agraciada com sua bênção.

Feliz Natal e Grande 2012!
Outra raridade cedida por Manoel Leite, o "Leitinho". Outro registro do programa "A Paraíba e Seus Artistas", da TV Paraíba, com apresentação de Rômulo Azevedo. O programa que disponibilizamos hoje é do ícone da música paraibana, Jackson do Pandeiro, que tanto se identificou com Campina Grande:


Professor Rômulo Azevedo revelou o seguinte sobre o programa: "A série "A Paraíba e seus artistas" apresentada pelas tvs Paraíba e Cabo Branco (a partir de abril de 1988, e reprisada em 1989) foi idealizada/escrita/produzida/dirigida, editada e apresentada por mim. Foram seis programas abordando a vida e a obra de Antônio Barros e Ceceu/Jackson do Pandeiro/Zé Calixto/Genival Lacerda/Abdias e Sivuca. Foram gravados (mas infelizmente, não finalizados) programas com João Gonçalves, Cátia de França e Fuba de Taperoá. Também estavam na pauta, Geraldo Vandré, Zé e Elba Ramalho, Vital Farias e outros artistas (não necessariamente ligados a música) como o pintor Miguel Guilherme dos Santos, o cineasta Linduarte Noronha, o poeta Augusto dos Anjos entre outros."
Devido ao resgate promovido por Manoel Leite, o “Leitinho”, o blog “RHCG” disponibiliza mais uma edição do programa da TV Paraíba “A Paraíba e Seus Artistas”, um dos primeiros especiais produzido pela tv campinense.

A abordagem desta edição foi com Zé Calixto, um dos mais importantes músicos paraibanos.

A apresentação do programa foi de Rômulo Azevedo, professor da Universidade Estadual da Paraíba. Destaque para imagens de Campina Grande nos anos 80, além é claro, da história do importante artista.



Zé Calixto fez a música "Bom Dia Campina Grande" em parceria com D´Castro, como uma homenagem a "Rainha da Borborema". Abaixo, podemos escutar a música e um depoimento do próprio Calixto, relatando sua vida.

Bom Dia Campina Grande:



Depoimento:



Fontes Utilizadas:

www.forroemvinil.com
TV Paraíba

Em 1935, o artista plástico Miguel Guilherme, natural da cidade de Sumé, no Cariri paraibano fora convidado a elaborar a pintura do teto da Catedral de Nossa Senhora da Conceição.

Os afrescos permaneceram como manifestação de cultura sacra em nossa Matriz até o ano de 1963.

A História conta que um incêndio destruiu parte da obra. Mas, os mais antigos afirmam que o bispo, à época, cometera o crime de autorizar a cobertura com tinta de todas as gravuras em toda extensão da nave da igreja.

Miguel Guilherme nasceu em 1902 e faleceu em 1995, na cidade natal de Sumé-PB.
Voltamos no tempo para apresentar o programa “A Paraíba e Seus Artistas”, um dos primeiros programas da história da TV Paraíba, datado do ano de 1988.

No vídeo que disponibilizamos a seguir, graças à colaboração de Manoel Leite, o “Leitinho”, mais um registro da tv paraibana é resgatado pelo “RHCG”.

A famosa dupla Antônio Barros & Cecéu, foi o tema do primeiro programa apresentado por Rômulo Azevedo. Destaque para imagens de Campina Grande nos anos 80, dentre elas, da Praça Clementino Procópio, do Cinema Capitólio e do Açude Velho.

Vale a pena assistir a belíssima história da dupla que tanto orgulha a Paraíba:

Diário da Borborema de 02 de outubro de 1957.


Apesar da imagem não apresentar melhor nitidez, é possível admirar a beleza do projeto elaborado pelo arquiteto carioca Ayrton Nóbrega. Trata-se do primeiro projeto para o Teatro Municipal de Campina Grande, apresentado ainda na gestão do prefeito Elpídio de Almeida.

Na administração seguinte, o prefeito Severino Cabral designou o engenheiro Austro de França Costa - um dos grandes 'verticalizadores' da arquitetura de Campina Grande - para que promovesse verificações no projeto para que o tornasse menos dispendioso ao erário.

O estudo culminou na substituição do projeto original pelo do campinense Geraldino Duda, com as características peculiares que conhecemos até hoje!

CLIQUE AQUI para ler mais sobre o Teatro Municipal.

Fonte:
 ALMEIDA, Adriana de. "Modernização e Modernidade-Uma Leitura
sobre a Arquitetura de C. Grande (1940-1970)
Aos poucos, preciosos registros do rádio campinense estão chegando ao blog “RHCG”. Hoje temos a honra de postar mais uma preciosidade da Rádio Borborema, desta vez graças ao arquivo de nosso colaborador Manoel Leite, o “Leitinho”, conhecido colecionador musical de nossa cidade.

Os que acompanham o histórico do blog sabem que nos anos 50 e 60 do século passado, eram comuns grandes eventos musicais patrocinados pela Rádio Borborema. Artistas como Cauby Peixoto, Ângela Maria e todos os grandes nomes daquela época, fizeram shows memoráveis no antigo edifício São Luiz, localizado no Calçadão de nossa urbe.


Em 1964, Campina Grande estava vivenciando as festividades de seu primeiro centenário e a Rádio Borborema não ficou de fora, contratando para um show o consagrado Orlando Silva, um dos maiores intérpretes da história deste país.

A foto acima não é o show de 1964, porém de grande valor histórico,
pois marca uma das apresentações de Orlando Silva em Campina Grande

O áudio a seguir, retrata um especial exibido no mês de agosto de 1978, em homenagem à morte de Orlando Silva, que ocorreu em 07/08/1978. O especial foi justamente o áudio do show da Rádio Borborema, em comemoração ao centenário campinense.

Como dito, o especial foi exibido em 1978 com a gravação do show de 1964, cedido ao  programa pelo ex-operador da Rádio Borborema, Marcos Albuquerque. Infelizmente, não conseguimos identificar o narrador do programa de 78 e assim, contamos com a ajuda de nossos colaboradores para que tal equívoco seja solucionado. Sabemos que o show de 1964 teve a apresentação de Eraldo César.

No áudio, ainda pode-se escutar uma crônica incidental de Chico Maria, intitulada "A Última Canção" e o apresentador DESCONHECIDO do programa de 78, dizendo que a mesma fora entregue na casa dele pelo próprio Chico. O registro sonoro é dividido em duas partes, com os primeiros 45 minutos com o show de 1964 e crônica de Chico e o restante, com músicas aleatórias da carreira de Orlando Silva. Uma raridade!!!

Escutem agora a mais este “retalho” do nosso belo passado:


ATUALIZAÇÃO (06-12-2011)

Graças a Paulo Gomes, Mario Vinicius Carneiro Medeiros e Clélio Soares, conseguimos identificar o nome do apresentador de 1978, tratando-se do grande Humberto de Campos. Clélio Soares mandou para o blog RHCG o seguinte e-mail: "Oi pessoal: o apresentador desconhecido, que leu a crônica 'A ÚLTIMA CANÇÃO ", de Chico Maria, na homenagem a Orlando Silva em 1978, é Humberto de Campos.  Parabens por tudo. O Retalhos Históricos de Campina, é literalmente, SENSACIONAL!  Abraços, Clélio Soares". Agradecemos a referência de Clélio, bem como a ajuda de Paulo e professor Mário.

Fonte Utilizada:

Rádio Borborema (Áudio)
Diário da Borborema (Coleção)

Quem conhece a rivalidade entre Treze e Campinense, jamais pensaria em ver os dois unidos. Todavia, em 05 de Maio de 1964 tal fato ocorreu. Acreditem, Treze e Campinense se uniram para um jogo amistoso, festivo, contra a então sensação do campeonato carioca a Portuguesa que estava em excursão pelo nordeste do Brasil.

Antigamente eram muito comuns as excursões de clubes pelos gramados do Brasil e do exterior. E a Paraíba e em especial Campina Grande não ficava fora do roteiro. Por aqui passaram grandes times e muitos ídolos, sem a necessidade do torcedor campinense ficar esperando, uma vez por ano, quem vai ser o adversário que vem jogar pela Copa do Brasil.

Foi neste embalo das excursões que a Portuguesa carioca, do Rio de janeiro, jogou contra o Combinado Treze Campinense em 05 maio de 1964, no Estádio Presidente Vargas em uma quarta feira à noite. O jogo marcou o encontro de dois dos maiores jogadores de nossa cidade o Ponteiro Zé Luiz pelo Campinense e Soares pelo Treze.

Além de Soares o Treze cedeu do seu time profissional o zagueiro Lopes (Corrô), do seu time de amadores foi chamado os seguintes jogadores: o zagueiro João Mario, o lateral Helio Sodré e o ponteiro esquerdo Zé Soares. O Campinense cedeu do seu elenco principal o Goleiro Augusto, o lateral direito Janca, do seu elenco de amadores cedeu : o Zagueiro Juju, o meia esquerda Humberto Mota e Mazinho. O elenco principal do Treze e Campinense estavam jogando em outro estado.

Pelo fato de reunir jogadores de Trezinho e Raposinha, já era uma grande atração. Pela primeira vez, alguns jogadores do Treze vestiriam a camisa do Campinense, o uniforme utilizado nos primeiros 45 minutos e vice - versa. Sem falar que os torcedores de Treze e do Campinense também teriam a oportunidade de ver, juntos, do mesmo lado, dois de seus principais ídolos – Soares e Zé Luiz Junior, que não puderam viajar com o elenco titular. Crforme foto abaixo:

Quando a bola rolou, diante de 10 mil pagantes, o que se viu foi um jogo bem equilibrado no primeiro tempo, quando o combinado vestia o uniforme do Campinense. Na fase final, porém, já com o uniforme do Treze não temos a foto histórica pra mostar, o combinado tomou conta do jogo e quase abriu a contagem. No final deu empate de 0 x 0, mas foi um grande jogo. Outros jogadores foram chamados dos dois times amadores, infelizmente também não dispomos de maiores informações.


Minha fotoPostagem Originalmente Publicada no Blog:

"MUSEU VIRTUAL DO ESPORTE AMADOR DE CAMPINA GRANDE"
(http://museudoesportedecampinagrande.blogspot.com/)

sob Edição de Jóbedis Magno Brito Neto
Através da máxima “uma idéia na cabeça e uma câmera na mão”, nos utilizando de uma câmera fotográfica comum, onde filmamos fragmentos do cotidiano campinense e condensamos no vídeo abaixo. 

Dividimos em temas; Beleza, Passado, Futuro, Decadência e Prosperidade e mostramos alguns monumentos de nossa cidade, como as obras na Universidade Estadual da Paraíba; o grave problema do Açude de Bodocongó - fadado a desaparecer se não for revitalizado; a decadência do Clube dos Caçadores - esquecido atualmente e o que hoje são imagens históricas; um vídeo das ruínas da Indústria ISA - que desapareceu em 2010 cedendo lugar ao imponente Supermercado Extra...

Ou seja, retalhos de uma Campina... Grande!

Ultimamente o BlogRHCG tem reservado o espaço das postagens das quintas-feiras aos áudios gerados a partir das entrevistas promovidas pelo Programa Mesa de Bar, da Rádio Cariri AM (1.160Khz), sob o comando dos radialistas Gustavo Ribeiro, Joacil Oliveira, Clélio Soares e Paulo Roberto.

O conteúdo apresentado nessas entrevistas é recheado de reminiscências, levando o rádio-ouvinte a um passeio pela Campina Grande do passado, através da conversa fácil praticada entre entrevistadores e entrevistado, em um clima de descontração como se fora, realmente, uma mesa de bar.

Na última quinta-feira, 24 de Novembro, o convidado foi o jornalista Chico Maria, um dos mais conceituados profissionais da sua área, que aos 82 anos contou detalhes do seu passado e, claro, da nossa Rainha da Borborema.

Ao ensejo, agradecemos aos radialistas condutores do programa pela gentil deferência apresentada em relação ao trabalho desenvolvido pelo BlogRHCG no programa em questão, quando da utilização de uma das postagens deste Blog, áudio do antigo programa "Confidencial", para 'contextualização' da entrevista.


Excelente reportagem do programa "Diversidade" da TV Itararé, sobre a vida de Severino Cabral. Na matéria constam imagens do blog "RHCG":


Fonte: TV Itararé
Marinês
Postamos hoje mais uma música que fala de Campina Grande, agora na voz de Marinês, a "Rainha do Xaxado".

José Orlando
A música chamada "Campina Grande" é de autoria de um compositor local, José Orlando, que não é o "lambadeiro" conhecido nacionalmente com seu "Pistoleiro do Amor".

O José Orlando "campinense",  destaca a volta da pessoa a sua cidade já adulta, como bem disse Marinês ao falar do tema: "Quando a gente volta à nossa terra não é a mesma coisa, você estranha um pouco. Mudam-se os costumes, as pessoas. É como se você acordasse e notasse que não é mais criança, que voltou em uma nova realidade".

Escutem o tema:


Fontes Utilizadas:

-Arquivo Pessoal
-Site do Sebrae PB


O AÇUDE VELHO DE CAMPINA



A
 construção do Açude Velho de Campina Grande, obra de grande vulto para a época, foi iniciada em 1828 e concluída no ano de 1830, motivada que foram pela grande seca que assolou o Nordeste a partir de 1824. Custou inicialmente aos cofres públicos um conto de réis. Mais tarde, o Ministro do Império enviou dois contos e trezentos mil reis para a sua conclusão.
Segundo um antigo documento do IHGP, datado de 18 de novembro de 1830, a Câmara Municipal da Vila Nova da Rainha orçamentara a obra nos termos seguintes:

PLANO DE ORÇAMENTO DA OBRA DO ASSUDE VELHO – Aos dezoito dias do mês de novembro de mil e oito centos e trinta, nesta Villa Nova da Rainha Comarca e Província da Parahyba do Norte, em casa de Câmara da mesma, onde se achava reunida a Câmara Municipal em Sessão Ordinária, o Presidente e Membros da Mesa da mesma Câmara ahi depois de terem  vestoriado com dous louvados, o Sargento mor, João Francisco Barreto e Tomaz da Costa Pimenteira, a obra que se deve fazer do assude velho desta Villa a fim de acautellar as repetidas faltas de água dos annos secos, fizerão o plano da dita obra da fórma seguinte: - Que se faça hua parede d’altura de cinco palmos sobre o baldo ou parede do assude velho desta Villa, ficando na superfície a ditta parede nova a largura de dez palmos; cuja parede deverá ser da grossura ou baze em baixo sessenta palmos, ou com a terra, que pelo declívio poder descer aos lados, sem ter estacada ou remada tanto a hum lado, como, em outro; sendo a parede no nível thé a sangria, e deve ficar a dita sangria com três braças de largura, e a desembocadura da mesma, calçada de pedra ou tijolo de fórma, que a corrente d’água não profunde. Haverá tão bem no lugar da Gangorra, outra parede ou baldo com altura correspondente ao nível (sic) da primeira, e com grossura proporcional à mesma, havendo procedido hum alicerce thé descubrir o barro rijo, ou com oito palmos de profundidade, e largura, o mesmo se estenderá na outra parede, a onde não houver alicerce; deveras as ditas paredes ser feitas a terra de dentro do assude, advertindo que tanto huã, como outra parede, deve corresponder unível de huã á outro alto com altura acima dita. E logo os louvados à vista deste Plano avaliarão a obra na quantia de dous Contos e tresentos mil reis tudo para constar mandarão fazer este termo      que assignarão com os louvados, eu Manoel da Costa Ramos, Secretário o escrevi: - LEONARDO JOSÉ RIBEIRO, Presidente, ANTONIO PEREIRA DE ARAÚJO – JOSÉ DE GOUVEIA SOUZA – ANTONIO SEBASTIAM DE ARAÚJO – JOSÉ ANTONIO VILLA SECA – MANOEL PEREIRA DE ARAÚJO – Está conforme. Leonardo José Ribeiro, Presidente – Antonio Pereira de Araújo – Manoel Pereira de Araújo – Antonio Sebastião d’Araújo – José Vitoriano de Barros – José de Gouveia Souza – Thomaz d’Aquino de Mendonça.
Está conforme.
No impedimento do Secretário do G° Joaquim Francisco Mont° da França, 2° Off. da Secret”.


Observe o leitor que mantivemos a grafia original dada a importância documental que se faz.
O historiador Elpídio de Almeida nos informa que, existia um MS a esse respeito no 3° Cartório da antiga vila, hoje Campina Grande.
O Açude Velho foi reconstruído em 1841.
Nos anos 45 e 77 do Século XVII, a região polarizada por Campina enfrentou outra grande seca, tendo este manancial grande importância no abastecimento d’água dos campinenses. Primeira fonte de abastecimento do município, sua finalidade precípua foi abandonada após a canalização da água.

Rau Ferreira
Blog História Esperancense http://memoep.tk/

Fonte:
- IHGP, Revista do. Vol. XIX. Imprensa Universitária da Paraíba. João Pesso/PB: 1971.
- ALMEIDA, Elpídio de. História de Campina Grande. Livraria Pedrosa. Campina Grande/PB: 1962.
- Wikipédia: Açude Velho. Disponível em http://pt.wikipedia.org, acesso em 23/11/2011.

Flâmulas da Olimpíada do Exército de 1978

Interessante reprodução de "flâmulas" da Olimpíada do Exército de 1978, material cedido ao blog gentilmente pelo colaborador Manoel Leite, o "Leitinho".


Mais um "retalho" da história campinense.

Zito Borborema, mesmo tendo nascido na cidade de Taperoá-PB, foi outro que resolveu homenagear Campina Grande em música. Ao lado de José Pereira, Zito fez o tema “Minha Campina Grande”.

Com sua voz aguda e seu ritmo peculiar, Borborema fez bastante sucesso pelo Nordeste. Na música sobre Campina Grande, ele ao dizer que estava deixando a cidade, relembra coisas marcantes de sua memória, chegando inclusive a certa altura, prestar homenagem ao Treze, o velho “Galo da Borborema”. Abaixo, escutem o áudio desse tema:

Egresso da capital cearense, Fortaleza, em 1942, Raymundo Yasbeck Asfora aporta em Campina Grande aos 12 anos de idade em companhia dos pais libaneses. Aos 18 anos já militava nos movimentos estudantis, atuando bravamente na restauração de um dos maiores instrumentos de defesa da classe discente, o Grêmio Estudantil Campinense.

Foi luta sua o início da construção da Casa do Estudante, mais tarde nomeada de Casa Félix Araújo.

Aos 18 anos, parte para cursar a Faculdade de Direito na cidade de Recife, em Pernambuco, retornando a Campina Grande no ano de 1952 para assumir a Secretaria de Serviço Social na gestão do prefeito Severino Cabral. Sua colaboração na administração municipal lhe confere a oportunidade de ser eleito vereador pelo PTB, em 1955,  tornando-se líder da oposição ao prefeito eleito Elpídio Josué de Almeida, com mandato findo em 1959.

Aliando sua atuação como legislador à prática forense, Asfora, um dos maiores tribunos que Campina Grande já contemplou, foi aclamado o mais popular advogado em 1957 pela realização de grandes júris populares.
Foi eleito deputado estadual em 1958, agora pelo PSB, quando em projeto de sua autoria nomeou aquela Casa Legislativa de Casa Presidente Epitácio Pessoa.

Na década de 60, foi  Assessor do Ministro João Agripino, quando do governo do presidente João Goulart, em 1961, procurador da Fazenda Estadual-PB, em 1962 e em 1964 assumiu, como suplente, mandato na Câmara Federal de Deputados, para onde voltaria em 1982, desda feita pelo PMDB.

Compondo a chapa majoritária, em 1976, elege-se vice-prefeito de Campina Grande pela ARENA, ao lado de Enivaldo Ribeiro, cumprindo mandato de 1977 a 1982.

No ano de 1986, durante a escolha da chapa que disputaria as eleições daquele ano, aceitou a indicação do seu nome para vice-governador, neste mesmo ínterin, surge a figura, quase que infante de Cássio Cunha Lima herdando seus votos, como representante do povo paraibano no Congresso Nacional.

A aliança de grandes nomes peemedebistas elege Tarcísio Burity governador e Raymundo Asfora seu vice em 15 de Novembro de 1986.
Sob clima de muito mistério, Raymundo Asfora é encontrado morto em sua residência, à Granja Uirapurú (Antiga Biblioteca Central Campus I-UEPB), no Bairro de Bodocongó no dia 06 de Março de 1987, à  nove dias da sua posse, tendo sido lhe atribuído suicídio.

Até hoje existem duas correntes entre os campinenses acerca dessa tese: suicídio, ou assassinato.

Entre suas admirações estavam Argemiro de Figueiredo como político, o Treze FC como  time de futebol , o Restaurante Manoel da Carne de Sol, nas Boninas, e o Clube Ipiranga, ás margens da Av. Canal.

Raymundo Asfora é co-autor de uma das maiores composições musicais da região, em parceira com Rosil Cavalcante, na música "Tropeiros da Borborema" uma verdadeira ode às origens da nossa querida Campina Grande, considerada hino extra-oficial da nossa terra.

"A morte está enganada, eu vou viver depois dela" (Raymundo Asfora)

Fontes Pesquisadas:
Discurso proferido pelo Dep. Fed. Rômulo Gouveia na Câmara dos Deputados
em 06.03.2007 - 15:58hs (www.camara.gov.br)
Fotos: SILVESTRE, Josué. "Nacionalismo e Coronelismo"

Vejam Mais:

Em 11 de fevereiro de 1988, o Diário da Borborema publicou as seguintes matérias sobre a morte do tribuno (Cliquem para ampliar):


Um encarte de um evento em homenagem ao saudoso Asfora em 1986, evento organizado pela Prefeitura na administração de Ronaldo Cunha Lima (Cortesia de Prof. Thomas Bruno Oliveira):

(Cliquem para ampliar as imagens)


Reportagem da TV Borborema sobre a história do tribuno:

Com a colaboração do jurista Sheyner Asfora, filho do saudoso tribuno Raymundo Asfora  - a quem  agradecemos imensamente -, apresentamos mais uma série de fotos que mostram alguns momentos do cotidiano do grande líder e vice-governador eleito em 1986.

Conversando com o ex-deputado Orlando Almeida

Descontração: Chopp do Alemão (CG)

Na Arte do Discurso
Raymundo Asfora na Academia de Letras

Contando com a gentileza e a colaboração de Sheyner Asfora, jurista, filho do saudoso tribuno Raymundo Asfora, que nos enviou um rico material fotográfico, iniciaremos uma série de postagens mostrando algumas imagens do vice-governador eleito em 1986 em diversas situações cotidianas.

Em discurso na Academia de Letras

Com José Américo de Almeida
Uma das inúmeras músicas feitas para Campina Grande foi o tema "Alô Campina Grande" de Severino Ramos. Ela ficou eternizada na voz de Jackson do Pandeiro:

ALÔ ALÔ MINHA CAMPINA GRANDE
Severino Ramos
Alô alô minha Campina Grande,
quem te viu e quem te vê
não te conhece mais
Campina Grande tá bonita, tá mudada
muito bem organizada e cheia de cartaz

Recebe turistas, o ano inteirinho
a seus visitantes, trata com carinho
quem vai a Campina, pede prá ficar
tem muitas meninas prá se namorar
e se amarra nas garotas e não sai mais de lá
ô não sai mais de lá, ô não sai mais de lá
quem visita Zé Pinheiro não sai mais de lá
ô não sai mais de lá, ô não sai mais de lá
quem dançar no Ipiranga não sai mais de la
ô não sai mais de lá, ô não sai mais de lá
É, quem dançar nos Caçadores não sai mais de lá

Alô alô minha Campina Grande,
quem te viu e quem te vê
não te conhece mais
Campina Grande tá bonita, tá mudada
muito bem organizada e cheia de cartaz

O áudio da música:
Por Edmilson Rodrigues do Ó

 Dragagem, Revitalização, urbanismo... (Artigo do dia 15 de outubro de 2011)

Como todos sabemos, desde tempos remotos o nosso nordeste sofre as agruras de sêcas inclementes e até de estiagens prolongadas. Todavia, embora Campina Grande esteja localizada na área menos agreste, mesmo assim sofre em menor intensidade as grandes estiagens. Ate 1958 ano em que foi inaugurada a adutora de Boqueirão,  a população de Campina Grande sofreu uma grande instabilidade no suprimento de água. Diante desse angustiante problema foi que as autoridades do passado se concentraram em construir açudes e até pequenas barragens. E foi dentro desse contexto que surgiram o AÇUDE VELHO por volta de 1830 seguido pelo AÇUDE NOVO construído dentro da mesma década, haja visto que em 1840 já foram executados reparos na sua estrutura. Finalmente, veio o AÇUDE DE BODOCONGÓ cujas obras foram iniciadas no ano de 1911 porém sofreram algumas paralizações vindo somente a ficar concluído no ano de 1916 e, no ano seguinte, transbordou pela primeira vez.

Naquela época, tanto a sociedade campinense como os políticos se mobilizaram para consumar a execução da grande obra.  O Prefeito Cristiano Lauritzen pediu ajuda ao Governo Federal e, em pouco tempo chegava a nossa cidade o Eng. Miguel Arrojado Lisboa diretor da Inspetoria Federal de Obras contra as Secas – IFOCS  - Mais tarde transformado no atual DNOCS, e foram logo iniciados os serviços de localização da barragem  e respectiva topografia. O Prefeito recebeu o apoio integral de todos os Conselheiros Municipais, atualmente Vereadores, que assinaram o ofício de solicitação ao governo federal no dia 19 de julho de 1911.

Agora, refiro-me específicamente ao Açude de Bodocongó, e por uma razão muitíssimo justa; É que ele está morrendo lentamente...! Está agonizando, depois de quase um século de utilidade pública o abandonaram de uma forma injusta e cruel. Lembro-me perfeitamente de quando cerca de uma dúzia de empresas incluindo indústrias têxtil, de celulose,  de premoldados, de óleos vegetais e rações, beneficiamento de couros e peles, etc., eram todas abastecidas com água do velho açude. Lembro-me outrossim quando nos anos 50 do século passado, na sua margem paralela a BR, em frente ao então Curtume Antonio Villarim, numa casa rústica situada na prainha do açude, funcionava o nosso saudoso Clube Aquático de Campina Grande muito festivo e concorrido sobretudo nas matinais de finais de semana, quando prevalecia a prática do ski aquático com um grande número de lanchas e desportistas.

É profundamente lamentável e triste ver o açude com menos de 50% do seu volume original, em conseqüência do assoreamento das suas barrancas que anualmente são arrastadas pela correnteza obstruindo a sua bacia. Inúmeras vezes temos ouvido a administração pública local falar a imprensa sobre o assunto e prometer executar a dragagem e a revitalização do açude. Entretanto, o tal projeto nunca saiu da prancheta. Enquanto isso, o açude agoniza e Campina Grande poderá perder mais uma belíssima página da sua história. Portanto, fica aqui o meu apelo aos órgãos de imprensa local assim como a população como um todo a se manifestarem ativa e pacìficamente  no sentido de que o Açude de Bodocongó seja restaurado e urbanizado e jamais venha a desaparecer do cenário que enriquece a história e a cultura da nossa Rainha da Borborema.

Foto feita no ano de 1970, mostrando o zelo e a grandiosa massa de água acumulada na sua bacia




É  muito importante notar que, no momento em que foram feitas as últimas quatro fotos, o açude continuava transbordando e, mesmo assim,  podemos notar claramente o recuo do nível da água e a grande área do leito seco. Grande parte da área que em 1970 era submersa, nas fotos atuais mostram uma pujante plantação de capim em solo firme. Vamos sensibilizar a população a se mobilizar no sentido de evitar que o histórico manancial de Bodocongó desapareça para sempre do nosso cenário.

AÇUDE DE BODOCONGÓ – Complementação (24 de novembro de 2011)

Faz pouco tempo, ou  mais precisamente em 15 de outubro recém-findo, foi publicado nesse respeitável espaço um artigo de minha autoria sobre a provável extinção do histórico AÇUDE DE BODOCONGÓ. No referido artigo, eu mostrei uma das inúmeras fotos que eu próprio fiz daquele manancial a exatamente 41 anos atraz, ou seja, no já distante ano de 1970 época em que aquele extraordinário reservatório não demonstrava quaisquer indícios de assoreamento que comprometesse tanto a sua extensa área líquida assim como a sua profundidade.

Recentemente, fiz nova reportagem fotográfica e, comparando-a com a de 1970. a diferença é alarmante. Naquela oportunidade, no local onde as lanchas deslizavam na superfície como flechas, hoje se encontra um exuberante capinzal.. Portanto, com o gradativo aterramento da calha original as águas recuam ano após ano transformando o centenário açude numa simples e modesta lagoa.

Todavia, como todas as minhas fotos foram horizontais, estou anexando para complementação do supra mencionado artigo uma imagem aérea de satélite na qual podemos vislumbrar toda a área original do açude quase completamente aterrada. E um interessante detalhe; a foto captou o açude em pleno transbordamento como mostra claramente o canal de transbordo na parte inferior da imagem. Isto significa afirmar categoricamente que o açude se encontrava naquele momento com a sua capacidade máxima de armazenamento considerando-se inclusive que a foto é atualizadissima pois foi colhida no corrente ano de 2011.

     

Observação:

Todas as fotos foram feitas por Edmilson Rodrigues do Ó 
 
Mais uma vez, colocamos fotos sobre a Praça Cel. Antonio Pessoa e a Estátua de João Pessoa. A foto em preto e branco abaixo, nos foi enviada por Welton Souto Fontes. A imagem mostra um ângulo diferente da estátua, de costas. Ao fundo, o então Campinense Clube pode ser visto. Não sabemos a data exata da foto e nem quem a tirou.


A Praça e a Estátua em 2011:

Não conseguimos repetir o mesmo ângulo da primeira em virtude das árvores hoje existentes no local

***

A seguir, um registro da primeira imagem agora colorizada artificialmente:


O Ministro do governo militar de João Figueiredo, Mário Andreazza, sempre foi figura fácil na Paraíba, talvez pela amizade com o ex-prefeito de Campina Grande Enivaldo Ribeiro. Na sua gestão como ministro, Andreazza beneficiou Campina Grande com vários financiamentos, que possibilitaram várias obras estruturantes em nossa cidade. Abaixo, em propaganda datada do ano de 1984, o já ex-prefeito e então secretário do Governo Wilson Braga, saúda o ministro em sua visita a Paraíba.


Fonte: Gazeta do Sertão (Acervo)

Açude de Bodocongó


Um dos temas marcantes sobre Campina Grande é a música "Bodocongó", que se refere ao bairro e ao açude que recebe este nome. Segue abaixo, a letra e música da bela canção:

Bodocongó

Composição: Humberto Teixeira - Cícero Nunes

Eu fui feliz lá no bodocongó
Com meu barquinho de um remo só
Quando era lua
Com meu bem
Remava à toa
Ai ai ai que coisa boa
Lá no meu bodocongó
Bodo Bodo Bodo congó bodo bodocongó
Meu canário verde
Meu curió
Bodocongó bodo bodocongó
Ai!Ai! Campina Grande
Eu vivo aqui tão só

Escutem a música na voz marcante de Elba Ramalho:



Algumas fotos do Açude em 2011, que está precisando urgentemente de uma revitalização:









Diário da Borborema, 30/04/1960
"O progresso concreto, em forma de concreto!" era o slogan do lançamento da nova séde do Banco Industrial de Campina Grande, no Edifício Rique, conforme se anunciava no Diário da Borborema do dia 30 de Abril de 1960.

Leia mais sobre o Banco Industrial de Campina Grande CLICANDO AQUI.


Recorte encontrado em ALMEIDA, Adriana de. "Modernização e Modernidade-Uma Leitura
sobre a Arquitetura de C. Grande (1940-1970)
 
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