Serviço de Utilidade Pública - Lei Municipal nº 5096/2011 de 24 de Novembro de 2011
Criado por Adriano Araújo e Emmanuel Sousa
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Mais uma música em homenagem a Campina Grande de autoria de Rosil Cavalcanti. Imortalizada na voz de Marinês, "Saudade de Campina Grande" é um tributo a aqueles que foram embora da bela cidade da Serra da Borborema, mas que não deixaram de amá-la.


Quando me lembro de Campina Grande,
Peço notícias e você mande!
Ai que saudade de Campina Grande,
Peço notícias e você mande!

Tenho saudades de Campina Grande:
Da lagoa dos canários e do zé pinheiro,
Dos banhos do domingo no bodocongó,
De zacarias cotó, banho do louzeiro;

Lembrando a borborema passa o dia inteiro,
E vem o açude velho na imaginação...
Não esqueço as serenatas que fiz no imboca,
E das rodinhas de bióca com seu violão!

Quando me lembro de Campina Grande,
Peço notícias e você mande!
Ai que saudade de Campina Grande,
Peço notícias e você mande!

Lembro ainda o Zé Iracema, "center-foward" do Paulistano em dia de jogo,
Com o Treze, velho galo lá da borborema... Que jamais teve problema, pegava fogo!
Tenho lembranças de Pedro Macaco, que só era homem fraco quando olhava o céu...
Não esqueço o Cine Apolo, o esfola bode, e como é que agente pode esquecer o pitel?

Quando me lembro de Campina Grande,
Peço notícias e você mande!
Ai que saudade de Campina Grande,
Peço notícias e você mande!

Lembro ainda Cabo Marinheiro, que em cabra desordeiro dava de verdade;
Jamais esquecerei a prosa de Rozendo, e o picado cem por cento da liberdade...
Saudades de Cristino e de sua fruteira, também do pastoril de Chico Macaíba;
Carnaval de Neco Belo que não volta mais,

Quando me lembro de Campina Grande,
Peço notícias e você mande!
Ai que saudade de Campina Grande,
Peço notícias e você mande!

9 comentários

  1. Leda Maria on 11 de janeiro de 2012 às 09:21

    Bom dia.

    "Quando me lembro de Campina Grande,
    Peço notícias e você mande!
    Ai que saudade de Campina Grande,
    Peço notícias e você mande!"

    É demais!!!Saudades de minha infância. Sem esquecer a grande cantora e interprete Marines!

     
  2. Paulo Gomes on 11 de janeiro de 2012 às 19:09

    A única coisa a fazer é aplaudir! Parabéns, mil vezes parabéns!

     
  3. rômulo azevêdo on 11 de janeiro de 2012 às 21:20

    Completando o verso:"Carnaval de Neco Belo que não volta mais,saudade de Campina Grande, Paraíba"
    É a última estrofe desse belo baião.
    No excelente livro-disco de Noaldo Ribeiro sobre Marinês, uma das faixas do cd que acompanha o livro é "Saudade de Campina Grande" com Marinês cantando acompanhada pela orquestra sinfônica da Paraíba.
    Um primor!

     
  4. BlogRHCG/Emmanuel on 12 de janeiro de 2012 às 08:16

    Prof. Rômulo, logo no comecinho das atividades deste Blog o Prof. Noaldo Ribeiro nos presenteou com um exemplar do Book-CD "Marinês Canta a Paraíba", do qual reproduzimos a saga de uma artista vanguardista, que abriu as portas para outros grandes nomes femininos 'fazerem' carreira no Brasil afora. Pessoalmente me apaixonei pela sua História e pela imensa contribuição artística que sua maestria proporcionou levando o nome de Campina Grande ao cenário nacional nas décadas áureas em que quem reinava na música popular brasileira eram figuras míticas do público radiofônico. No link http://cgretalhos.blogspot.com/search/label/ESPECIAL%20MARIN%C3%8AS temos um 'compendium' sobre Marinês.
    Grande abraço

     
  5. rômulo azevêdo on 12 de janeiro de 2012 às 09:45

    Falou Emmanuel, voces poderiam copiar aquele trecho do filme "Rico ri a toa" de Roberto Farias onde Marinês fez sua primeira aparição cinematografica cantando "Peba na Pimenta" de João do Vale.
    A cena é no final do filme que tem Zé Trindade e Violeta Ferraz no elenco.
    O filme é de 1959 e a cantora estava no auge de sua beleza.

     
  6. Adriano on 12 de janeiro de 2012 às 12:02

    Será postado amanhã professor.

     
  7. Leda Maria on 13 de janeiro de 2012 às 12:34

    O senhor pegou pesado rss, calma! Relembrar o carnaval é sofrer inúmeras vezes. Quem se esquece do corso na Rua Maciel Pinheiro, os papa angus, que nós criançada corriam jogando água neles, em relação aos bailes minha idade nem meus pais permitiam.
    abraços.

     
  8. Leda Maria on 13 de janeiro de 2012 às 13:10

    Postagem direcionada ao ilustre professor Rômulo Azevêdo.



    Corrigindo-a: lê-se (não permitiam)

     
  9. Unknown on 5 de junho de 2019 às 14:04

    Ozerli,
    Não sou paraibano, sou amazonense descendente de cearence, mas me sinto o mesmo sentimento do Pernambucano Rosil Cavalcante. Entrando na veia do poeta descobre-se que o cenário de seu poema é amplo, expande, sai de Campina Grande e serve para todos que, como os campinenses, estão longe de seu berço natal. O poema é uma arte formidável. Concluído. Parece não faltar nada.E Marines só não é maior do que a Paraiba. É limpa, pura arte. Nunca morrerá. Campina Grande, Paraiba, Nordeste e o Brasil precisa desse simbolo.

     


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